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Aposentadoria no Brasil será mais dura que a de países ricos

Muito se tem falado sobre as novas regras para a aposentadoria propostas na reforma da Previdência, encaminhada pelo governo. Pois é, a polêmica é que essas regras farão com que o Brasil tenha um sistema mais rígido que o dos países mais desenvolvidos.

Para quem não sabe, essa proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do assunto está tramitando em uma comissão especial na Câmara, e o governo quer que a medida seja aprovada ainda neste ano, o que, certamente, ainda vai gerar muitas discussões até se chegar a um termo.

Para quem não sabe, a mudança enviada pelo Planalto prevê que o tempo mínimo de contribuição para ter direito ao benefício será de 25 anos, e o limite de idade é de 65 anos. Ou seja, sendo assim, o valor ao qual o contribuinte teria direito seria de 76% da média dos salários sobre os quais contribuiu.

O grande X da questão que está virando polêmica é que para conseguir os 100%, seria necessário ter um tempo de contribuição de 49 anos, bem superior ao dos países da OCDE, grupo que reúne as nações mais desenvolvidas, em que são necessários 44 anos em média para se ter acesso ao benefício integral.

Resumindo, pela nova regra brasileira, se o trabalhador não conseguir atingir o limite mínimo de 25 anos de contribuição, não terá acesso a um benefício proporcional, lembrando que hoje é possível se aposentar a partir de 15 anos de contribuição.

Vale saber que na Alemanha, por exemplo, é possível ter benefício proporcional a partir de 5 anos de contribuição, e nos Estados Unidos, o limite mínimo é de 10 anos, enquanto na Espanha, 15 anos de contribuição dão direito à metade do benefício.

Enfim, essa mudança torna o sistema muito mais duro do que o de países mais desenvolvidos e com a população mais envelhecida que a do Brasil.


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